Hoje vamos contar a história do PROJETO S, a banda formada por Luiz Schiavon após o fim do RPM em 1989.
Algumas das músicas incluídas neste trabalho fariam parte do álbum que viria depois do “Quatro Coiotes”, segundo Luiz Schiavon em entrevista.
O Projeto S, lançou seu primeiro álbum em 1990, lançaria em 1991 um single promocional da música "Alice No País Do Espelho", que faria parte do segundo álbum lançado em 1993 chamado simplesmente "Projeto S".
Luiz Schiavon junto com Tsaga Silos formaram essa nova banda, que contou com a participação de Luigi Carneiro, vocalista do Alderan, banda produzida por Schiavon na década de 1980, e que seria o vocalista da trilha sonora do anime japonês, Yu Yu Hakusho.
Outro grande artista que participou da banda foi Tuco Marcondes, um dos grandes instrumentistas da música brasileira, que acompanhou Paulo Ricardo muitos anos depois em sua carreira solo.
Veja a historia no video a seguir:
Primeiro álbum da banda foi lançado em 1991 pela gravadora Esfinge, que teve a capa do LP feita por Alex Flemming, o mesmo que fez a capa do primeiro álbum do RPM.
De volta ao começo. Essa foi a sensação desse novo projeto do Luiz Schiavon, uma sensação marcada por uma retomada de experiências, de sonhos e de uma conquista de público. Não exatamente aquele que prestigiou o extinto RPM, mas de uma geração que conseguiu resgatar o vigor e a generosidade do rock.
O Projeto S, foi uma superbanda com nove instrumentistas liderados por Schiavon e Tzaga Silos, prometia na época mostrar o sotaque brasileiro do rock calcado, numa salada de ritmos e timbres extraídos dos teclados e de uma parafernália eletrônica.
A concepção do trabalho da dupla começou exatamente quando o grupo RPM dava seus primeiros sinais de esgotamento, depois do lançamento do Quatro Coiotes, em 1988.
Na época o Luiz declarou. "Sentia a necessidade de ampliar os horizontes do meu trabalho, e as afinidades dentro do grupo eram mínimas. Não havia nem a possibilidade de um envolvimento maior. Tudo já estava sendo feito individualmente”
E a dupla assinou contrato com a pequena e renovada Esfinge, comandada pelo Luiz Carlos Maluly, o produtor do primeiro álbum do RPM em 1985 e do álbum 4 coiotes de 1988.
Como falou Luiz Schiavon no começo da banda, "Assim como o Projeto S, a gravadora está apenas no começo. Tem boas intenções, sabe onde quer chegar e conhece suas limitações ".
O primeiro álbum conta com boas faixas, a baladeira, Areia Quente se exercita com os melhores clichês do gênero sem cair na banalização. As faixas Virgem e Sinal Vermelho revelam as muitas influências assumidas pela dupla, com a voz de Silos soando cortante e visceral. Mas são as instrumentais Vôo Noturno e Escorregando, uma leitura modernizada da peça de Ernesto Nazareth, que pontificam no disco.
Se o Projeto S não traz nenhum arroubo de genialidade ou de mudança radical no abalado cenário da música pop, pelo menos recupera um talento reconhecido: o tecladista Luiz Schiavon que, quer queiram quer não, sempre foi a metade mais inteligente e criativa do extinto RPM.
Embora Silos se mostre um letrista menos vigoroso e sutil que Paulo Ricardo, dá conta do trabalho.
0 Comentarios